quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Deixe estar

a idade adulta me chega
com alegrias, decepções
e muitas perdas

o tempo passa,
e o que hoje estava alí,
agora já não existe mais

se decompoe dentro da terra.

seu rosto sem expressão,
não parecia que dormia.

sinto a morte soprar
levinho no meu ouvido
e me causar um arrepio

lembro da imagem dela
morrendo na minha frente.

carregar seu cadáver,
sentindo
seu corpo mole
sem força
e sem vida

sua cabeça caída
enquanto a segurava em meus braços,
que fracos não aguentavam a sua perda

lágrimas rolavam no caminho do seu socorro,
ela ao meu lado
queria não acreditar
que sua alma já se fora
e que seu corpo estava morto.

muitas lágrimas,
muitas perdas,
muito pouco tempo.

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